O Dia da Consciência Negra é um momento muito oportuno para ensinarmos ética, diversidade e memória afro-brasileira em sala de aula
Estamos em pleno recesso. Entre o dia 15 a 20 de novembro talvez o que você esteja pensando seja: “Glórias! Um momento longo para descansar nessa reta final!” A gente acaba esquecendo levemente dos significados que essas datas representam. O dia 20 de novembro é um simbolismo de algo que precisa ser lembrado todos os dias: nossa história e o que podemos aprender com ela.
Desde de 2003, o Dia da Consciência Negra foi anexado ao calendário escolar nacional. Entretanto, somente em 2011 que o dia 20 de novembro foi oficializado por meio da Lei 12.519. O idealizador dessa data foi o pesquisador, poeta e ativista do movimento negro, Oliveira Silveira, que lutou fortemente contra o racismo. Foi em 1971 que o Grupo dos Palmares – o qual Silveira era integrante – propôs um dia para essa conscientização.
A história do Brasil é contada e repetida diversas vezes em nossas escolas porque é preciso que o futuro cidadão tenha consciência do ambiente em que está inserido. Mas como temos contado nossa própria história? Estamos repetindo mecanicamente conceitos que só perpetuam estereótipos?
Falar da influência afro em nossa formação como país e nação é algo a ser ressaltado continuamente. O brasileiro é fruto da miscigenação. Mas como podemos fazer isso sem ficar repetindo e impregnando os conceitos de escravidão e relacionando-os às culturas provenientes do continente africano?
Temos uma dica infalível! O segredo está em apresentar para os estudantes de onde vieram esses “imigrantes forçados”, como viviam e quanto herdamos de seus costumes, com a mesma intensidade como da herança grega, por exemplo.
Que tal começar agora? Desde cedo, o leitor iniciante já pode aprender sobre diversidade étnico-cultural com o livro Lápis Cor de Pele que explora questões como respeito e autoestima.
Para o leitor em processo, livro Quilombo Quilombola, para as séries iniciais do ensino fundamental, é o resultado de muita pesquisa num material poético e didático, ferramenta indispensável durante o ensino sobre ética e pluralidade cultural. Ele por si só já é uma voz que pode ser ouvida por nós e pelas próximas gerações na busca por uma sociedade mais harmônica e humana como idealizou nosso Criador.
Comentários